Eu recomendo altamente o livro "Senhores de Poucos Escravos", de Ricardo Alexandre Ferreira. O livro fornece uma análise aprofundada sobre a formação e mudança da sociedade brasileira no período colonial, focando no papel desempenhado por aqueles que tinham poucos escravos. Ele oferece uma abordagem inovadora para a explicação das relações de poder na sociedade colonial. Ferreira mostra como a divisão clara entre os detentores do poder e aqueles que ocupavam posições inferiores no sistema, tem seu início com o início do tráfico de escravos negros africanos.
O livro também aborda as mudanças na economia colonial, bem como a luta pela emancipação dos escravos. Ferreira discute como os donos de poucos escravos desempenharam um papel chave na manutenção do sistema escravista. Ele também discute as mudanças na economia e as consequências que isso teve para aqueles que possuíam pequenas propriedades. Além disso, ele mostra como a economia estava diretamente ligada às relações hierárquicas dentro do sistema.
O livro também oferece uma visão interessante sobre o papel desempenhado por mulheres e crianças no período colonial brasileiro. Ele mostra como as mulheres desempenharam um papel fundamental na manutenção da economia, enquanto as crianças eram usadas como trabalhadoras e escravas. Além disso, o livro também oferece uma visão sobre as relações entre os escravos, os seus donos e a sociedade em geral.
Em suma, Senhores de Poucos Escravos é um livro excelente. É uma leitura fascinante que oferece uma compreensão rica e detalhada sobre o período colonial brasileiro. Recomendo este livro a qualquer pessoa que deseja aprender mais sobre o assunto.
“Este livro aborda o cenário da criminalidade envolvendo os escravos de uma região rural dotada de senhores de poucos escravos, na vigência do código criminal do império do Brasil (1830-1888), para avançar no entendimento das práticas e estratégias estabelecidas pelos cativos e seus proprietários ao moldarem-se reciprocamente no cotidiano. Para tanto, aborda-se o município de franca, onde os escravos representaram cerca de 26% da população, e seus delitos voltaram-se principalmente contra indivíduos livres distintos de seus senhores. o predomínio de “”crimes contra a pessoa”” não refletiu uma especificidade do cativeiro, pois acompanhou o padrão geral dos registros de criminalidade envolvendo a população livre.”
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