Eu recomendo fortemente que todos leiam "Passeata contra a Guitarra" de Guilherme Moreira Reiss. O livro conta a história de Arthur, um jovem guitarrista que se vê preso no meio de uma passeata contra guitarristas em seu bairro. A história é um exemplo perfeito da luta entre as classes dominantes e subalternas, e é capaz de trazer à tona assuntos sociais tão delicados que muitos não querem enfrentar. A escrita de Moreira Reiss é fluida e de leitura fácil, proporcionando ao leitor uma experiência agradável. O livro contém várias cenas comoventes e momentos de reflexão, que farão com que os leitores vejam o mundo de uma forma diferente. Além disso, as personagens são bem desenvolvidas, e a narrativa é muito bem conectada. Passeata contra a Guitarra é um livro poderoso e importante, e é uma obra-prima que deve ser lida por todos.
O livro também aborda questões importantes sobre o racismo, a discriminação e a desigualdade social, que muitas vezes são ignoradas na sociedade. O autor também trata de temas relacionados à identidade, à amizade e à família, todos elementos importantes que precisam de atenção e reflexão. A forma como os personagens enfrentam dificuldades e como reagem às adversidades é inspiradora. O texto é uma leitura envolvente e prazerosa, e é muito relevante para o contexto político atual.
Eu recomendo Passeata contra a Guitarra a todos aqueles que desejam ler uma obra de ficção que possa tocar em pontos mais profundos da vida humana. O livro aborda questões importantes através de uma narrativa cativante, tornando-se assim uma excelente leitura. Espero que vocês aproveitem esta jornada de Arthur para descobrir um mundo de desigualdade e preconceito, mas também de esperança e solidariedade.
A DIVISORA DE ÁGUAS TROPICALISTAS
A década de 60 foi caracterizada por grandes mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais. O cenário musical brasileiro também foi afetado, principalmente com a forte influência da cultura estrangeira que chegava em nosso país.
Algumas características musicais do exterior começavam a alcançar o Brasil, ganhando rapidamente seus adeptos, como Caetano Veloso, enquanto outros, como Elis Regina, consideravam essa influência uma ameaça.
O elemento escolhido para representar essa “invasão” foi a Guitarra Elétrica.
Então, no dia 17 de julho de 1967 veio a acontecer a “Passeata Contra a Guitarra”, um protesto organizado por aqueles que eram contra a “invasão” da música estrangeira no Brasil.
Porém, foi após essa passeata que o movimento que viria a ser conhecido como “Tropicalista” começou a ganhar uma força maior. Os antes rivais grupos de músicos deixaram de lado suas diferenças e uniram-se para tocar nos mesmos festivais, e então a Tropicália começou a conquistar o seu lugar de maneira mais visível.
Tendo provocado a união dos artistas conservadores com os tropicalistas, podemos ver a “Passeata Contra a Guitarra” servindo como um divisor de águas, deixando claro as diferenças entre esses dois grupos e nos mostrando melhor como esse movimento conseguiu ganhar força e crescer.
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