recomendo fortemente o livro Fogo Morto de José Lins do Rego. É uma obra de ficção que nos traz uma história de mistério e suspense, cheia de personagens interessantes e sombrias. A trama se desenvolve no final dos anos 20, quando o Brasil passa por um processo de modernização e industrialização, e aclamado como o "país do futuro".
No meio deste cenário incerto, o protagonista, o jovem estudante de Direito, João Campelo, é contratado para investigar uma morte misteriosa. Durante sua jornada, ele encontra algumas respostas para seus questionamentos, mas também muitas perguntas que o obrigam a mergulhar cada vez mais fundo no universo da trama. Ao longo da narrativa, temos a oportunidade de acompanhar João Campelo enquanto ele descobre segredos, enfrenta personagens e luta contra as forças da natureza.
A escrita de Lins do Rego é fluida e convincente, trazendo-nos para um mundo que se desenvolve de forma assustadora, mas ao mesmo tempo fascinante. A narrativa é repleta de peripécias, com direito a reviravoltas surpreendentes e cenas de suspense. A luta de João Campelo contra o destino traz emoção e coragem ao leitor, tornando o livro impossível de largar.
Fogo Morto é uma leitura incrível que nos faz refletir sobre o destino e sobre os caminhos que cada um deve tomar, mesmo que seja ladeado por uma sombra sinistra. É uma obra que tem tudo para ser um clássico e me sinto honrada em recomendá-la a todos os amantes da literatura.
Lançado em 1943, Fogo morto é considerado por muitos críticos a obra-prima de José Lins do Rego. O livro encerra o que se convencionou denominar, dentro da obra do escritor paraibano, o “ciclo da cana-de-açúcar”, série iniciada pelo romance Menino de engenho, de 1932.A obra é dividida em 3 partes, cada uma delas dedicada a um personagem específico. Na primeira parte do livro, conhece-se as agruras de José Amaro, mestre seleiro que habita as terras pertencentes ao seu Lula, protagonista da parte seguinte da obra e homem que se revela autoritário no comando do Engenho Santa Fé. O terceiro e último segmento de Fogo morto centra-se na trajetória de Vitorino Carneiro da Cunha, que vive em situação econômica complicada, perambulando a cavalo sempre pronto a lutar com suas forças contra injustiças à sua volta.A edição de Fogo morto ora publicada pela Global traz dois textos – um de Mário de Andrade e outro de Gilberto Freyre – publicados pouco tempo depois do lançamento da obra-prima de José Lins do Rego. As análises destacam a posição de destaque que o livro adquiria na história da literatura brasileira.
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Autor: José Lins do Rego
