Eu recomendo fortemente o livro “Cidadania, Justiça e “Pacificação” em Favelas Cariocas” de Oliveira Fabiana Luci de. Este livro é um dos melhores exemplos de trabalhos acadêmicos sobre direitos das favelas. Apresenta um olhar único sobre a realidade das favelas cariocas e a complexidade com a qual elas navegam entre os direitos humanos e o discurso da segurança para justificar a violência policial.
O autor discute como as políticas de “pacificação” das favelas brasileiras são um projeto de recuperação de direitos, que visa garantir aos moradores das favelas o direito à cidadania e à Justiça. Ele aprofunda a discussão do significado da “pacificação” das favelas e aborda questões como a violência policial como estratégia de controle, a desigualdade racial e de classes sociais e as diferenças de gênero na cidade.
A abordagem inconfundível do autor, abordando temas como a desigualdade de classes e de gênero e a violência policial, torna este livro único. Ele contém informações úteis e inovadoras sobre as realidades das favelas e como vivenciamos o seu dia a dia. Além disso, o autor traça um paralelo entre o discurso da segurança e o direito à Justiça, o que permite uma melhor compreensão da realidade das favelas.
No geral, este livro é uma leitura fascinante, recomendada para qualquer pessoa interessada em direitos humanos, justiça social, direitos das favelas e desigualdades raciais. É imprescindível para todos aqueles que buscam uma perspectiva mais profunda sobre o que é a vida nas favelas do Brasil e o que fazer para melhorar sua situação. Com sua abordagem única e profundidade de análise, este livro é uma leitura indispensável para qualquer pessoa interessada na luta pelos direitos das favelas.
A política de pacificação traz alguns benefícios aos moradores, sobretudo no aspecto da previsibilidade de seu cotidiano, reduzindo o medo e aumentando o sentimento de tranquilidade nas favelas – apesar de gerar novos conflitos. Já nos aspectos de desenvolvimento social e integração da favela à cidade, a política deixa a desejar. “A ruptura das dicotomias favela × bairro, morro × asfalto, tão marcantes na paisagem e no imaginário cariocas, parece processar-se apenas no plano formal. Enquanto isso, a cidade segue partida em seus aspectos simbólico e social”.
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