Eu estou muito feliz de recomendar o livro "As Duas Portas: Uma trajetória pela Educação Escolar: “Do Jardim de Infância à tragédia da Creche Gente Inocente em Janaúba”" escrito por Lilian Claudine Marques Gonçalves Mota. O livro faz um interessante estudo sobre a educação escolar, abordando o trágico incidente ocorrido na creche Gente Inocente em Janaúba. Ele também oferece uma análise abrangente e profunda dos sistemas de ensino existentes, bem como dos fatores que contribuem para a qualidade do ensino.
O livro explora sobre acontecimentos como a criação de sistemas de ensino mais inclusivos e acessíveis, além de oferecer soluções eficazes para melhorar as condições educacionais. As técnicas e práticas modernas para melhorar a qualidade do ensino são discutidas em detalhes, o que o torna um livro indispensável para todos aqueles que se interessam pela educação.
A análise do autor é profunda e abrangente, pois ele examina as causas e consequências dos incidentes ocorridos na creche Gente Inocente em Janaúba, bem como as principais razões por trás da desigualdade educacional. O livro ainda oferece informações sobre como os sistemas de ensino devem ser reformulados para tornar a educação acessível a todos.
A escrita do autor é fluente e captivante e ele usa de forma muito inteligente recursos de narrativa para contar a história e transmitir seu mensagem. Os personagens são bem desenvolvidos e o autor faz um excelente trabalho ao apresentar os diversos argumentos, fatos e questões envolvidos. As conclusões e sugestões do autor são convincentes e estão perfeitamente alinhadas com os fatos apresentados.
Eu altamente recomendo o livro "As Duas Portas: Uma trajetória pela Educação Escolar: “Do Jardim de Infância à tragédia da Creche Gente Inocente em Janaúba”" para qualquer pessoa interessada na educação escolar. É um livro que oferece informações importantes e invaluable sobre como melhorar a qualidade do ensino, além de fornecer soluções para problemas importantes enfrentados pelos sistemas de ensino.
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“Memórias são fragmentos da nossa história de vida que não se perderam no tempo. A lembrança mais antiga me deixa em frente à grande porta do jardim de Infância, em 1978. Faz muito tempo que essa caminhada se iniciou, mas há detalhes que marcaram cada ano escolar, de forma única. Quatro décadas vividas, como estudante e como profissional. Lembranças que o tempo não conseguiu apagar: a lancheira plástica, as brincadeiras de rua, o tênis ‘Bamba’, a coleção de papéis de carta, os cara-pintadas, a aprovação no vestibular, casamento, filhos… E a creche Gente Inocente estava na minha linha de vida. Nesse lugar, ensinei, aprendi, sorri com as crianças, auxiliei as professoras e vivi a pior tragédia da minha vida! Um ataque cruel que abalou todo o Brasil: o massacre de Janaúba. Escrevo aqui como foi que tudo aconteceu, nossas perdas, nossos medos, superação e nossa esperança de dias melhores. As portas da minha trajetória estão abertas nessas páginas, mas ela continua sendo escrita a cada novo amanhecer…” Lílian Claudine
Apresento-lhes uma narrativa autobiográfica de alguém comum, que nasceu no interior das Minas Gerais e teve sua vida marcada por uma tragédia sem precedentes no país. O ataque à Creche Gente Inocente, ocorrido em 5 de outubro de 2017, marcou tristemente as páginas da Educação no Brasil, com a morte de dez crianças e três educadoras. Além disso, dezenas de vítimas diretas e indiretas ainda buscam se recuperar dos traumas físicos e psicológicos causados pelo ataque. O atentado, que ficou conhecido como o “Massacre de Janaúba”, foi provocado por um funcionário da creche, que também faleceu no dia do crime. O país assistiu, chocado, o noticiário sobre o ataque brutal, que teve como maiores vítimas crianças de quatro anos de idade. Essa história foi escrita por uma vítima indireta dessa tragédia, que, buscou em suas memórias escolares, traçar o caminho que a levou até o dia 5 de outubro de 2017: — uma viagem pelo tempo em que tinha apenas quatro anos, mesma idade da maior parte das vítimas. Sua trajetória escolar é traçada, desde os dias no jardim de infância, passando por suas lembranças de fatos marcantes em cada época, até chegar ao dia do ataque. A partir desse dia, passa a narrar as vivências no front, um verdadeiro campo de batalha que se tornou o retorno às aulas da creche. Durante cinco meses, a creche Gente Inocente sentiu a dor de perdas sucessivas de crianças e colegas, como a professora Heley de Abreu. Em todos esses dias, a equipe de educadores se manteve unida, cuidando das crianças sobreviventes e lutando contra seus traumas interiores. Ao ler essa trajetória, você relembrará ou conhecerá, como era a rotina escolar de um aluno, no interior norte-mineiro das décadas de 80 e 90. Além disso, é impossível lê-la e não refletir sobre a situação de insegurança nas quais se encontram as instituições infantis, em todo o território nacional. As treze vidas ceifadas nesse episódio que ficou conhecido como o “Massacre de Janaúba” não podem ter partido em vão.
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