Recomendo fortemente a leitura de "A Invenção do Dia Claro" de José Sobral de Almada Negreiros. Esta obra apresenta um retrato único e tocante de Portugal no início do século XX. Almada Negreiros descreve com maestria a paisagem social e política da época, retratando as contradições e a realidade dura da vida dos portugueses. A obra mostra uma narrativa interessante, construída com um estilo poético e fluido. A Invenção do Dia Claro também tem um trabalho de pesquisa impecável, com personagens autênticas e descrições detalhadas, o que torna a leitura ainda mais interessante. Almada Negreiros foi um autor excepcional e este livro da sua bibliografia merece ser lido e relido.
O livro aborda temas como a política, a economia, a religião e a educação, mostrando como eles afetaram a vida dos portugueses da época. A Invenção do Dia Claro também destaca os esforços dos portugueses para mudar a vida deles mesmos, principalmente ao abordar a questão da educação e da luta contra a ignorância. O livro também mostra o esforço dos portugueses para se emanciparem de um sistema colonial opressor, lutando por sua independência. É um retrato real e tocante desses esforços.
Almada Negreiros também apresenta temas como a liberdade individual, a questão do amor e os conflitos familiares, mostrando como eles afetam a vida dos personagens, o que torna o romance ainda mais interessante. O autor também expõe com grande profundidade a realidade social e econômica da época, e as várias maneiras como os indivíduos se rebelavam contra esse sistema opressor. A Invenção do Dia Claro é uma leitura obrigatória para todos aqueles que desejam descobrir e conhecer mais sobre o Portugal do século XX.
Portanto, recomendo fortemente a leitura de "A Invenção do Dia Claro" de José Sobral de Almada Negreiros. Esta obra apresenta um retrato único e tocante de Portugal no início do século XX, com temas como política, economia, religião, educação, liberdade individual, luta pela independência, questão do amor e conflitos familiares. É um retrato real e tocante desses esforços, com personagens autênticas e descrições detalhadas, o que torna a leitura ainda mais interessante. É uma leitura obrigatória para todos aqueles que desejam descobrir e conhecer mais sobre o Portugal do século XX.
Dos grandes continentes que compñe o denominado velho Mundo, æ certamente a Africa aquelle cuja exploraäào hoje em dia se tornou de preferencia o objecto da attenäào geral dos governos das naäñes civilisadas, e isto por tào variados titulos, como os que podem dizer respeito Þs investigaäñes geographicas, ao conhecimento da importancia de seus productos, Þs condiäñes da sua populaäào, e Þ influencia que lhe pïde caber no futuro movimento commercial do Mundo. Ç na Africa que teve sæde uma das mais antigas civilisaäñes que a historia recorda, a egypcia, testemunhada pelas ingentes pyramides e collossaes esphinges, que por muito tempo causaram a desesperaäào dos archeologos. A Lybia, onde os phenicios levaram suas colonias Þ fundaäào de Carthago, deixa vçr a vetustidade d’aquella parte do globo, que jÞ para o grande poeta do Lacio fornecia inspiraäñes, tiradas de factos coævos de Dido e dos exules do cçrco de Troya. Mas esse continente onde a historia antiga vae descobrir o anciào dos povos, e remontar a epocas remotissimas, æ aquelle que ainda hoje, apoz os progressos da moderna geographia, deixa mais vasto campo para estudo e indagaäñes, e cuja maior poräào ainda se acha mal conhecida, inexplorada, e povoada por tribus tào variadas, como varios sào seus caracteres mais ou menos selvagens, e na maxima parte, ainda estranhos aos effeitos da civilisaäào. Notaveis coincidencias nos deixa vçr a historia. Milhares de annos se interpñe decorridos desde que a Africa æ n’ella mencionada. De pouco mais e pouco menos de quatro seculos datam, o comeäo das exploraäñes do atæ entào desconhecido littoral do occidente africano, e o descobrimento do limite austral d’aquella velha parte do Mundo. A esse tempo, as duas Americas eram entidades desconhecidas, quando Colombo e Cabral d’ellas deram noticia. HaverÞ um seculo apenas, que Cook descobria regiñes austraes atæ entào ignotas. E hoje as Americas e a Australia, esses vastos continentes apenas conhecidos de tào recente data, apresentam-se na sua maxima parte povoados de cultas sociedades, em todos seus extensos littoraes, e deixando vçr n’aquellas regiñes transatlanticas, novas nacionalidades e estados florescentes, oriundos da civilisaäào europea, para alli transplantada, e onde a par da importancia d’aquelles, se alarga a esphera d’acäào d’esta. E a Africa? Ainda um denso væo encobre em grande parte a sua intima condiäào da existencia e modo de ser; ainda no maximo numero a sua populaäào vive vida selvagem e feroz, sem que o facho da civilisaäào viesse alumiar as trevas do seu primitivo estado
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